Apesar da sequência de jogos decisivos que o Vasco vem disputando nestas últimas rodadas, a disposição continua viva para o elenco de São Januário. Segundo o lateral Ramon, todo esforço tem uma recompensa.
- Tivemos uma maratona difícil com três jogos decisivos na mesma semana e agora temos mais um jogo importante na quarta-feira. É lógico que existe um cansaço, mas tudo que vem fácil na nossa vida, vai embora fácil. Já aquilo que conseguimos com trabalho árduo, tem uma recompensa lá na frente. Vamos em busca dos titulos tanto da Copa do Brasil, como do Carioca - disse o camisa 33 com exclusividade ao site oficial.
A maratona cruzmaltina continua nesta quarta-feira (13/04), contra o Náutico, às 21h50, no Estádio dos Aflitos, em jogo válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Ramon garante que sua equipe vai buscar o resultado fora de casa.
- Vamos ter um jogo muito difícil contra o Náutico, com muita pressão da torcida adversária. Só que vamos entrar em campo para buscar a vitória. Sabemos das dificuldades, mas temos que impor nosso ritmo para conseguir a vitória - concluiu.
Em São Januário, ninguém faz questão de esconder: o Vasco de Ricardo Gomes deixou o coletivo de lado. Mas, é bom que se esclareça, isso não tem nada a ver com egos inflados ou falta de espírito de grupo. O problema está no calendário apertado, com duas frentes distintas: o Campeonato Carioca e a Copa do Brasil. O desgaste de jogos e deslocamentos tem forçado o técnico vascaíno a dosar os treinos para não sobrecarregar seu grupo, recheado de jogadores experientes e outros ainda sem o ritmo ideal. Sem fazer um coletivo com os titulares há mais de 15 dias, o Vasco viajou na tarde de segunda-feira para Recife, onde enfrenta o Náutico, nesta quarta, às 21h50m, pela Copa do Brasil, no Estádio dos Aflitos.
" Quando foi o último coletivo que a gente fez? Não me lembro. Acho que foi antes do jogo contra o Fluminense (dia 27 de março) " admitiu o zagueiro Dedé.
O bom retrospecto recente, com três triunfos seguidos em São Januário e a vaga nas semifinais da Taça Rio conquistada antecipadamente, mostra que a fórmula de buscar entrosamento com jogos e diálogo constante vem dando certo até então. Falta agora o Vasco convencer também a sua exigente torcida, que vem perseguindo alguns jogadores nas partidas em São Januário, a ponto de o capitão Felipe condenar publicamente as vaias num momento positivo da equipe. No sábado passado, durante a vitória de virada sobre a Cabofriense, por 2 a 1, hostilizou até mesmo o treinador Ricardo Gomes, por substituir o xodó Bernardo.
" Cheguei há pouco tempo ao clube, assim como o Alecsandro. Não tivemos muito tempo para trabalhar a parte tática, por exemplo " disse o apoiador Diego Souza. " Então, a gente procura conversar, ele me diz como prefere receber a bola no ataque, se no primeiro ou no segundo pau... Isso já ajuda a equipe a fazer os gols.
Se em casa o Vasco já vem enfrentando pressão de sua própria torcida, a expectativa para amanhã à noite é de vaias amplificadas na capital pernambucana. Sem alimentar polêmica com os adversários, os vascaínos reconheceram que existe um histórico de provocações e pressão sobre a arbitragem em Recife.
" Não podemos cair na pilha da torcida, nem entrar nas provocações " alertou Dedé. " Nunca joguei nos Aflitos, mas sei que a pressão lá é grande. A torcida sabe levar tudo contra o adversário e cabe a nós evitarmos isso.
Diego Souza já sentiu na pele a pressão dos pernambucanos, principalmente quando defendia o Palmeiras. Ele ressalta que nunca foi desrespeitado em Recife, mas admite que será muito difícil vencer na casa do Náutico:
" Não tem polêmica, mas jogar lá é duro. O Náutico é sempre muito aguerrido mesmo. E precisamos ter tranquilidade. Não falo de deslealdade, mas lá se você faz uma falta, já fazem uma pressão enorme no juiz por cartão.
Depois de eliminar o Comercial-MS e o ABC-RN nas duas primeiras fases da Copa do Brasil, nas quais ainda vale o critério de eliminação com derrota por dois gols de diferença ou mais para o time visitante no jogo de ida, o Vasco entra agora na perigosa fase de mata-mata, contra rivais teoricamente mais fortes.
" A Copa do Brasil é difícil porque todos os jogos são decisivos. Na verdade, é como se jogássemos o primeiro tempo fora e o segundo em casa. O segredo é ter inteligência e não se afobar " comentou Diego, citando o risco que o Vasco não deve correr nos Aflitos. " Não convém jogar de igual para igual, sair para o ataque, levar dois gols e voltar para o jogo de casa desesperado. É preciso tranquilidade, esperar a hora certa para sair nos contra-ataques, beliscar um golzinho. A obrigação de atacar é toda do Náutico.
O atacante Élton, que faltara ao treino de sexta-feira, não foi relacionado para a viagem a Recife. Segundo o diretor-executivo de futebol, Rodrigo Caetano, ele foi multado e está integrado ao grupo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário