Crédito: Marcelo Sadio / Vasco.com.br |
Em entrevista à Rádio Globo, o diretor-executivo de futebol do Vasco, Rodrigo Caetano, fala sobre o aproveitamento das divisões de base em 2012:
APROVEITAMENTO DA BASE
"Teria que ser cada vez mais o abastecimento da equipe de cima. É claro que tivemos um ano e um semestre com uma sequência muito grande de jogos, o que impede muitas vezes você dar um pouco mais de atenção. A gente espera que cada vez mais surjam boas gerações, como essa na qual o Cássio lidera. Agora, apesar dessa visibilidade, a lei, infelizmente, não protege totalmente o clube, porque esses atletas que estão na Seleção Brasileira e que certamente por lá tem um sem número de empresários, não têm contrato profissional com o Vasco. Eles têm um contrato de formação, contrato esse que apesar de algumas modificações na Lei Pelé, ainda não nos dá totais garantias. Infelizmente, é uma brecha que existe na legislação atual. A gente sempre suplica para que isso seja realmente revisto, para que tantos bons atletas que surgem com 14, 15 anos, antes dos seus 16 e poderem firmar o primeiro contrato, não se percam, muitas vezes até por esse assédio, que a gente sabe que existe e sempre vai existir."
DENÚNCIAS SOBRE A BASE
"Primeiro, deixar claro que desde há algum tempo, e aqui não estou me eximindo nem me omitindo de qualquer responsabilidade, porque você não deve fazer isso nos acertos e muito menos nos erros. Mas hoje a divisão de base tem uma gestão e um coordenador que pode, com muito mais embasamento de causa, responder isso. Nós, na verdade, somos cliente das divisões de base. Ou seja, nós esperamos que os bons atletas surjam e que possam fornecer ao elenco profissionais as peças de reposição e muitas vezes até as carências que, até pelo que nós estamos vivendo nesse segundo semestre, impede que a gente chegue um pouco mais a fundo nisso. Mas certamente, internamente nós vamos tomar pé dessa situação. Já foi conversado inclusive com o presidente para que esse tipo de veiculação, não vou usar a expressão denúncia, mas qualquer tipo de informação que sugere algo ilícito, o clube tem a obrigação de buscar se informar melhor a respeito e tomar as medidas cabíveis para esse tipo de assunto. Só que hoje, volto a frisar, não é me eximir de qualquer responsabilidade, mas não é a minha função primeira, a minha função atual fazer a gestão da base, é simplesmente permanecer como cliente da base. O departamento profissional, esse sim é abastecido pelas divisões de base."
FUTEBOL PROFISSIONAL ESTAR MAIS LIGADO À BASE
"Não é desejo, é o ideal. Em qualquer modelo de gestão do futebol profissional deve ser assim. É isso que nós estamos sugerindo que aconteça. Se vamos conseguir ou não... Nós vamos conversar isso internamente. Mas não resta a menor dúvida. Foi sempre assim que eu trabalhei onde passei e é assim que espero que aconteça aqui. No momento, tendo que priorizar o futebol profissional, talvez seja até por isso que qualquer tipo de mudança a nível de ter uma gestão linear e vertical, de cima para baixo, ainda não tenha acontecido."
JOGADORES CONVOCADOS PARA O SUL-AMERICANO SUB-15
"Justamente esses, assim como tantos outros atletas abaixo dos 16 anos, têm contrato apenas de formação com o clube. Garantias que todo clube possui, mas não são aquelas que desejávamos, de uma continuidade dentro do clube, pelos motivos que eu já explanei anteriormente. Mas é o que é possível ser feito hoje. É claro que se você tiver uma gestão de excelência, dando as condições e principalmente metodologia de trabalho, não tem por que jogadores desses, num grande clube que estão como o Vasco da Gama, pensarem em sair. São métodos que a gente espera utilizar, tomara Deus, no próximo ano."
Fonte: NETVASCO
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