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6 de novembro de 2011

Juninho quer conquistar o Brasileiro para homenagear Pai Santana


Crédito: Marcelo Sadio / Vasco.com.br

Apesar de já ter faturado a Copa do Brasil e de estar vivíssimo na briga pelo título do Brasileirão, a temporada está longe de ser uma das mais tranquilas da história do Vascão. Contra o Flamengo, na última rodada do primeiro turno, Ricardo Gomes sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), mas felizmente se recupera bem. Na última terça-feira, no entanto, o golpe foi mais duro. Morreu o ex-massagista Eduardo Santana, uma das figuras mais queridas na Colina.

E é da tristeza por perder um dos vascaínos mais folclóricos que o Gigante encontra forças para se reerguer. Contra o Santos, hoje, às 17h, na Vila Belmiro, o Vasco renova o fôlego rumo ao Penta do Brasileirão. Se motivação já não faltava, agora a missão é dedicar a vitória ao Pai Santana.

Capitão do time, e jogador mais experiente do elenco, Juninho não segurou as lágrimas ao falar do que hoje não passam de lembranças. Quando chegou do Sport Recife, com apenas 20 anos, foi no massagista que encontrou o apoio para começar a vida no Rio.

— Eu cheguei aqui muito novo. Não conhecia ninguém. Quando vi aquela figura folclórica, confesso que tive um pouco de medo de me aproximar, mas logo vi que ele era um cara do bem. Eu, o Ramon, o Pedrinho e o Felipe construímos uma relação muito forte com o Santana — revelou o meia, que ainda lembrou de algumas manias do eterno amigo: — No trabalho ele era incansável. Às vezes, a gente não queria, mas ele nos obrigava a fazer massagem. Tudo isso, sem nunca dizer a idade. Ele tinha o Vasco no coração.

Fim do sofrimento

Ao retornar a São Januário, dez anos depois de partir para jogar no Lyon-FRA, Juninho já encontrou Pai Santana em uma cadeira de rodas. Sofrendo com as sequelas de um AVC, o ex-massagista parou de trabalhar, mas não deixou de ser um apaixonado torcedor cruzmaltino. Aos 36 anos e consagrado como o Reizinho da Colina, chegava a hora de Juninho retribuir o carinho a quem um dia o recebeu de braços abertos.

— Rezei muito por ele, para que descanse em paz. Mas esse é o ciclo natural da vida. Agora ele vai poder parar de sofrer. O Santana marcou muito a história do Vasco, a minha também. Se a gente puder ganhar esse título e dedicar à memória dele vai ser incrível — disse Juninho, antes de ser vencido pelas lágrimas.

Fonte: Extra Online

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