O clássico entre Vasco e Botafogo, no próximo dia 13, às 19h, está marcado para acontecer no Engenhão, mas no que depender dos esforços do presidente vascaíno, Roberto Dinamite, a partida pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro acontecerá na casa do mandante, ou seja, São Januário. O mandatário diz já ter dado entrada em todos os trâmites legais para exercer o mando de campo cruz-maltino e agora espera apenas a liberação da Polícia Militar sobre as condições de segurança do estádio.
- O que o Vasco está fazendo é o trâmite normal de todos os jogos. O Vasco está exercendo um direito dele, que é jogar em São Januário. O Vasco fez todo o trâmite que deve ser feito. Ouviu CBF, Federação, rádio, televisão e estamos esperando uma posição que cabe à PM. Quem determina se vai ter jogo ou não são esses outros componentes em todos os jogos do Rio de Janeiro. Isso é o que estamos querendo saber, porque temos um prazo. Já jogamos no campo do Botafogo, que é o Engenhão, a casa deles. Agora, queremos jogar no nosso campo - disse Dinamite, por telefone.
O presidente do Vasco fez questão de ressaltar ainda que não existe nenhum acordo entre os clubes do Rio de Janeiro para que os clássicos regionais sejam realizados no Engenhão. O acerto entre os clubes diria respeito apenas aos jogos do primeiro turno do Brasileirão. Para Dinamite, tal acordo também não seria determinante, porque mesmo que ele e o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, concordem com o local da partida, a decisão final não caberia apenas a eles.
- As pessoas falam muita coisa. Não existe acordo nenhum. O Vasco é o único que tem um estádio dele, e está querendo exercer esse direito. Os clubes do Rio têm uma relação boa. Mas não falei com o Botafogo, porque não é o Botafogo quem vai decidir se o jogo será em São Januário ou não. Posso acordar com o Maurício, mas se a Polícia disser que o jogo não pode ser lá, não vai ser...
Maurício Assumpção, por sua vez, falou sobre o assunto durante o lançamento de sua candidatura à reeleição e não se opôs a jogar em São Januário. O presidente alvinegro, no entanto, exige que o Vasco divida o público e a renda com o Botafogo.
- O Vasco tem todo o direito de jogar na casa dele. Só quero saber se eles vão me dar as condições, como metade do público pagante, da renda, todo o conforto? Se oferecerem isso para o Botafogo, obrigatoriamente o jogo com o Flamengo tem de ser lá também. Senão é crise. Não há critério. Há a polêmica e é isso que eu peço. As pessoas têm de ser coerentes.
Sobre o clássico com o Flamengo, na última rodada do Brasileirão, Dinamite já prevê uma guerra para levar o mando para São Januário. Como todas as partidas serão no mesmo dia e horário e todos os clubes do Rio poderão estar envolvidos na briga pelo título, o presidente cruz-maltino não abre mão do direito de jogar na Colina. No entanto, garante que o foco agora é apenas o próximo jogo.
- Vamos ter um jogo com o Flamengo. Se a Policia Militar disser que não tem condições de ser em São Januário, vamos ter de acatar por causa da segurança. Vasco e Botafogo é um processo mais leve, mas também vamos buscar exercer o nosso direito. Vamos ter um problema lá no final porque jogam todos no mesmo dia, mesmo horário e como fica? A culpa é de quem? Não fui eu que determinei a tabela, estou exercendo o meu direito. Isso é uma segunda etapa. O que me interessa hoje é o jogo com o Botafogo - afirmou Dinamite, citando ainda a Vila Belmiro, que comporta apenas 18.500 torcedores, como exemplo de que a Colina histórica têm condições de abrigar jogos de maior apelo.
A torcida do Vasco engrossa o coro de Dinamite. Nos últimos jogos, os torcedores de uma organizada do clube penduraram uma faixa pedindo clássicos em São Januário. E foram além. Os vascaínos divulgaram fotos com a faixa em frente às sedes de dois dos principais rivais: o Flamengo, na Gávea, e o Botafogo, em General Severiano.
Fonte: GloboEsporte.com
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