Crédito: Marcelo Sadio / Vasco.com.br |
RIO - Todos tiveram passagens marcantes pelo clube. Brito (anos 60), Alexandre Torres, Ricardo Rocha, Odvan e Mauro Galvão (estes nos anos 90) reconhecem que Dedé é digno representante da linhagem de grandes zagueiros do Vasco. E tiveram a chance de satisfazer suas curiosidades sobre o novo ídolo.
MAURO GALVÃO: Se não jogasse como zagueiro, qual posição jogaria?
DEDÉ: Certamente atuaria como goleiro. No salão, eu agarrava. E era bom goleiro (risos). Já até brinquei algumas vezes com o Germano e o Prass, que se sobrar uma vaga pode contar comigo.
MAURO GALVÃO: Qual foi o seu primeiro time realmente?
DEDÉ: Quando eu era mais novo torcia pelo Botafogo, era influenciado pelo meu pai. Levo numa boa, porque até mesmo o presidente (Roberto Dinamite) era botafoguense. Hoje, é uma pessoa respeitada por tudo que fez pelo Vasco. Todos os prêmios individuais, títulos, convocações pela seleção consegui pelo Vasco. Sem contar que tive uma passagem pela categoria de base do Fluminense. Esta coisa de paixão só acontece quando você é revelado pelo próprio clube. Como nunca tive nada diretamente com o Botafogo, hoje posso dizer, tranquilamente, que sou vascaíno.
BRITO: Você realmente gosta do que faz ou a questão financeira pesou?
DEDÉ: Faço o que gosto e sou feliz. Nunca me vi fazendo outra coisa. Sempre quis poder ajudar minha família e hoje, felizmente, consigo proporcionar mais conforto para eles. Não jogo futebol por dinheiro. Ter dinheiro é consequência de trabalho. Nem todo mundo que joga futebol tem uma situação estável.
BRITO: Você acha que está no caminho certo na carreira, em um clube grande como o Vasco?
DEDÉ: Acredito que estou no caminho certo e vou manter a mesma humildade de sempre para conseguir ainda mais vitórias na minha carreira. É deste jeito que conquistei o que tenho e não tenho motivo para mudar.
RICARDO ROCHA: Como você está recebendo o assédio de vários clubes?
DEDÉ: Tento me esquivar um pouco disso, justamente para não atrapalhar dentro de campo. Mexer sempre mexe, mas resolvi ficar no Vasco. Meu desejo é permanecer até a Libertadores. Foi muito sofrido o título da Copa do Brasil. Serviu para acabar com muita chacota de que o Vasco era sempre vice. Este grupo recuperou o orgulho de ser vascaíno, que ficou um pouco esquecido desde que o time foi rebaixado. Não seria justo ficar fora do filé-mignon (risos) e não jogar a Libertadores.
RICARDO ROCHA: Você pensa em sair do Brasil antes da Copa do Mundo de 2014?
DEDÉ: Depende de vários fatores. Vamos aguardar o que o Vasco pode fazer em relação a projeto, assim como Santos fez com o Neymar. Todo jogador quer jogar na Europa, em busca de mais reconhecimento, independência financeira, mas tudo tem o seu tempo. Não tenho pressa. Se quisesse sair já tinha saído.
ALEXANDRE TORRES: Você acha mais fácil chegar à seleção brasileira e se firmar jogando no Brasil ou na Europa?
DEDÉ: Com o momento que vive o futebol brasileiro, com bastante reformulação na Seleção e gente boa voltando da Europa acho que está muito igual. Um exemplo disso é o Neymar. Ele foi indicado a um dos 23 melhores do mundo. O único da lista que não joga na Europa.
ALEXANDRE TORRES: O Vasco está na reta final, disputando o título de duas competições. É o momento de todos jogarem ou poupar?
DEDÉ: Em fim de temporada o cansaço é normal, mas, ao mesmo tempo, é o momento de se doar um pouco mais. Claro que se pudesse poupar seria o ideal, mas estamos bem nos dois campeonatos, por isso acho que o momento é mais de entrega. Podemos conquistar mais dois títulos, o que seria fantástico para coroar um ano que, até agora, está sendo perfeito.
ODVAN: Você pensa em fazer carreira na Europa?
DEDÉ: Neste momento, não penso. Agora só penso em fazer carreira na seleção e no Vasco.
ODVAN: Este é o seu melhor momento?
DEDÉ: Tive excelente momento em 2009 no Volta Redonda. Mas não se compara ao prestígio que tenho aqui e agora.
Fonte: Extra Online
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