A barração de Alecsandro não foi um fato isolado no Vasco. A opção de Ricardo Gomes em escalar Elton na vaga do ex-titular contra o Palmeiras, domingo, pelo Campeonato Brasileiro, foi mais uma mudança promovida pelo treinador envolvendo os chamados medalhões. Desde a sua chegada, em fevereiro, o comandante tem provado que, com ele, nome não ganha vaga.
Há, no entanto, um fato curioso nesta história. Do menos famoso ao craque do time, ninguém se rebelou até hoje contra ele. Ricardo Gomes tem dado demonstração de pulso forte – apesar do estilo discreto –, tanto que nenhum jogador o criticou e jamais chegou a público algum mal-estar em razão das barrações.
Do elenco atual, Fágner, Márcio Careca e Eduardo Costa perderam a posição no time. Até aí tudo bem. O problema é que o técnico já sacou da equipe as principais estrelas. Pela ordem, Diego Souza, Felipe, Juninho Pernambucano e, por último, Alecsandro.
“Desde a minha chegada, sempre deixei claro que vim para colaborar. Não quero atrapalhar o trabalho do treinador. Então, se o Ricardo entender que deve contar comigo, estarei pronto. Do contrário, vou continuar trabalhando, dando o máximo, para estar no meu melhor quando entrar na equipe”, discursa Juninho, principal estrela do time.
Juninho e Felipe têm participado de um revezamento. Juntos, somam 69 anos – o suficiente, segundo Ricardo, para serem preservados enquanto não estiverem entrosados e vivendo desgastante maratona com jogos quartas e domingos. “Ninguém gosta de sair da equipe, mas temos que respeitar o colega que está entrando, e o melhor a se fazer é treinar para tentar recuperar a posição”, disse o meia Felipe.
No domingo, Gomes optou por Elton, que vinha se empenhando nos treinos e aproveitando as oportunidades quando entrava. Gomes já acenava com a possibilidade barração do atacante após a vitória sobre o Palmeiras, na quinta passada, pela Copa Sul-Americana. Elton foi o titular no domingo e, pelo treino desta segunda-feira, começará jogando também contra o Avaí, na Ressacada, em Florianópolis.
Diego Souza, quando perdeu a posição para Bernardo, há um mês, trabalhou em silencia até voltar ao time. Companheiro de quarto de Alecsandro nas viagens e concentração, o meia diz que não é simples manter-se em alto nível durante a temporada e aconselha o companheiro a se dedicar intensamente aos treinos.
“Num grupo, somos 30 e só 11 jogam. É assim, não pode desanimar", reagiu Diego, acrescentando: "Ricardo é um cara de diálogo, está sempre conversando, mostrando o que acontece".
Fonte: iG Esportes
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