INSPIRADO NA DECISÃO DO CARIOCA INVICTO DE 1992.
Caros vascaínos, saudações!
Convidado a participar da Coluna do Torcedor, e tomando inspiração nos últimos jogos do Vascão no Campeonato Carioca, resolvi relembrar o ano de 1992, quando o clube da Cruz de Malta conquistou o mais recente título carioca invicto de sua coleção de cinco campeonatos invictos: 1924, 1945, 1947, 1949, e 1992.
Mas sobre especificamente o ano de 1992, os clubes tiveram de disputar o campeonato no Templo Sagrado de São Januário, devido a tragédia ocorrida na final do Campeonato Brasileiro daquele ano, em que morreram vários torcedores que caíram das arquibancadas para as gerais.
Os vascaínos tinham no elenco vários jogadores que viriam a se tornar em ídolos pouco tempo depois, contamos com a estréia no profissional do atacante Edmundo, o volante Luisinho, os zagueiros Jorge Luiz e Tinho, a ascensão de Bismarck, os cruzamentos certeiros de Luiz Carlos Winck, a segurança de Carlos Germano, e a experiência do ídolo eterno Roberto Dinamite, na sua despedida do futebol, tudo isso mesclado com as arrancadas do jovem atacante Valdir.
Os adversários tinham pela frente um VASCO DA GAMA motivado pelo fato de os jogos serem disputados em sua casa, mas o time do Almirante começou a Taça Guanabara de forma tímida e nas primeiras partidas, apesar de três vitórias consecutivas, não vinha convencendo seus torcedores. Mas o time goleia o Itaperuna e o Americano por 3 a 0, e o América por 4 a 0, deixando os “grandes” para trás.
Nas primeiras disputas de clássicos, dois empates em 1 a 1, contra o rivais da Gávea e os Tricolores, com o VASCO DA GAMA sagrando-se Campeão da Taça Guanabara. Na partida contra os rubro-negros, com o gol vascaíno marcado pelo único reforço que o clube contratou para a temporada, o atacante Carlos Alberto Dias.
A Taça Rio começou disputada ponto a ponto, até que o Gigante da Colina disparar na liderança, com uma sequência de cinco vitórias, contra Campo Grande, Madureira, Itaperuna, Goytacaz e Volta Redonda. Em 5 de novembro, o América tomou um 4 a 2, e no dia 14 do mesmo mês foi a vez do Botafogo perder por 3 a 1.
O VASCO DA GAMA seguia firme rumo ao título quando todos os adversários se deram conta de que não teria como superar os vascaínos. Na partida contra o Bangu em 24 de novembro, coube ao jovem atacante cruzmaltino Valdir marcar o gol do título antecipado.
Restava, então, aos adversários tentarem tirar a invencibilidade dos cruzmaltinos a qualquer custo, evitando que o Clube do Almirante terminasse a competição invicta, e os primeiros a tentar foram os Tricolores em 29 de novembro, mas perderam por 1 a 0. Logo depois, a partida de encerramento do Campeonato foi disputada contra os rivais rubro-negros e nessa partida, segundo o volante Luisinho, eles viriam para “quebrar” os jogadores vascaínos, mas não teve jeito, os jogadores mostraram garra e muita força de vontade, e responderam a altura a todas as jogadas desleais que se seguiram durante o jogo, e a partida terminou em novo empate em 1 a 1.
Como resultado da campanha cruzmaltina, um time invicto, e um ídolo se despedindo do clube que defendeu por mais de vinte anos com uma vitória incontestável e muita alegria da Imensa Torcida Bem Feliz. Estava escrito o primeiro capítulo do Tricampeonato Carioca Vascaíno, que se seguiu nos anos de 1993 e 1994, mas essa é outra história.
O VASCO DA GAMA tem a possibilidade, agora, de mostrar aos adversários que para ser campeão invicto tem de ter a Cruz de Malta no lugar do coração, e nessas finais, os vascaínos vão dar aos rivais um pouco do seu próprio veneno.
EU SOU VASCO E MINHA PAIXÃO NÃO TEM LIMITES!
Escrito por JORGE LUIZ Alves Bezerra
Editor do Blog Paixão da Gama.
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